quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A CRISE ECONOMICA

Num mundo globalizado como o que vivemos as causas de uma crise econômica podem ser incontáveis. Mário Covas já dizia que, no mundo de hoje, se lá no Japão alguém der um espirro, nós aqui no Brasil, dizemos "saúde". Tudo é muito instável e frágil, veja, agora é o problema da possível guerra com o Iraque, aqui no Brasil, o fato de Lula demorar para divulgar seu ministério faz o dólar subir.
Muitos e variados fatores podem ocasionar uma crise econômica, a exemplo do que aconteceu, por exemplo, nos países asiáticos, na Rússia, no México, no Brasil, e mais recentemente, na Argentina. Cada caso é um caso.
Tudo que refere a economia, principalmente à macroeconomia, é complicada, por culpa dos próprios economistas, e torna-se difícil e temerária qualquer explicação. Vou lhe mandar uma opinião, mas desde já lhe digo, no caso em que você pergunta, as causas são tantos e remotas... Vão desde da incompetência de governos, corrupção, política, interesses ocultos etc Luiz Suzigan, da LCA Consultores, responde:
"A política tem sua parcela de participação porque ela gera uma incerteza muito grande para o ano que vem, pelo medo que os investidores têm de uma mudança no modelo atual.
O governo sempre enxerga mal qualquer tipo de ruptura, seja para beneficiar ou para prejudicar. Isso faz com que as pessoas queiram correr para uma moeda forte, que no caso do Brasil é o dólar. O efeito Lula, o efeito Ciro Gomes, tem seu peso nessa pressão cambial que agente está vivendo agora, mas a origem está na evolução da economia internacional.
A vulnerabilidade externa da economia brasileira a torna suscetível às crises internacionais. Quando existe uma crise internacional, o Brasil, por ser vulnerável, é um dos mais sofrem."
"Qual é a razão dessa crise e porque ela está atingindo a América Latina?" Adriana (São Luis), João Paulo (Fortaleza), Fabricia (Três Lagoas), José Geronimo Neto (Caieiras)
Luiz Suzigan, da LCA Consultores, responde:
"A origem do problema está na evolução da conjuntura internacional. No início do ano existiam previsões bastante otimistas. Acreditava-se que a economia dos Estados Unidos sairia rapidamente do ciclo recessivo rápido, curto, que existia em 2001 e que foi acelerado pelos atentados de 11 de setembro e que a economia americana voltaria a crescer num ritmo forte. De fato ela cresceu no primeiro trimestre deste ano e se imaginava que ela sustentaria a economia global e puxaria a oferta de crédito para os países emergentes. Essa expectativa foi frustrada no segundo trimestre, quando houve um desaquecimento forte da economia americana por causa dos escândalos contábeis, que derrubou as bolsas de valores mundiais e gerou um choque de desconfiança entre consumidores e empresários americanos e mundiais. Então a frustração dessa recuperação e a perspectiva de que a economia americana e mundial possam entrar em recessão novamente, o chamado duplo mergulho, aumentou muito a cautela dos investidores internacionais, que passaram a ficar avessos às aplicações de risco. Então os investimentos e os créditos para países como o Brasil simplesmente secaram. Isso acabou pressionando a taxa de câmbio e criando a expectativa de um default, porque tem vários empréstimos vencendo e há um medo de que o país não vai conseguir honrar nem renovar esses empréstimos. A origem da pressão cambial é a frustração com a evolução da crise internacional. É claro que ela foi potencializada pela incerteza que a política doméstica imprime nesse quadro já deteriorado."

(Eudinancele Farias)


Nenhum comentário: